Ao participar hoje (27) de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Segurança Nacional da Câmara dos Deputados, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, defendeu a parceria com os Estados Unidos que, em sua opinião, abrirá oportunidades para o Brasil em vários campos, inclusive econômico e comercial.
Ernesto Araújo criticou os governos anteriores na relação com os Estados Unidos e destacou o apoio dado pelo presidente Donald Trump ao Brasil para o ingresso na Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O relacionamento com os Estados Unidos talvez seja a parceria mais negligenciada nos últimos anos no Brasil, por uma visão que os Estados Unidos seriam uma parceria que não se deveria trabalhar em várias áreas. O nosso propósito é recuperar o tempo perdido.
Segundo o chanceler, o ingresso na OCDE concederá um selo de qualidade aos produtos brasileiros e facilitará as negociações comerciais e econômicas. De acordo com ele, o primeiro avanço ocorre nos próximos dias com a chegada de uma missão técnica americana ao Brasil para inspecionar a carne brasileira. A ideia é de ter um relacionamento integral que nos afere nos ganhos individuais.
Salvaguardas
O chanceler reiterou a importância do acordo de salvaguardas assinado pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos, durante viagem a Washington do presidente Jair Bolsonaro.
O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) define o uso comercial da base de lançamentos aeroespaciais de Alcântara, no Maranhão. Para entrar em vigor, o acordo precisará ser ratificado pelo Congresso Nacional.
Segundo Araújo, o mercado de satélites movimenta cerca de US$ 200 bilhões por ano. É um acordo que nada fere a soberania brasileira.
Agronegócio
Na audiência, o chanceler destacou que a pauta com a China será intensificada entre maio e junho, quando haverá uma comissão bilateral, com integrantes de ambos os países, para negociar os interesses comuns. Ele disse que pretende visitar a China neste período.
Araújo afirmou também que há uma preocupação com os estados fronteiriços, como Roraima e Acre, para que tenham condições de incrementar o seu comércio. Ele descreveu as articulações para a construção de estradas e pontes nessas regiões.
(*) Com informações da Agência Brasil
Fonte www.comexdobrasil.com